Girafinha Flor era a girafa mais solitária e triste do mundo.
Ela não tinha pais nem irmãozinhos.
Vivia sozinha lá no meio da floresta.
Girafinha Flor morava em uma bonita casinha e tinha muitas coisas gostosas para comer. Mas cada dia se tornava mais solitária e triste.
Até que uma bela tarde, Girafinha Flor falou:
- Deve haver um remédio para curar a solidão. Eu vou à cidade para descobrir.
Assim pensando, pôs um lenço no pescoço, um chapéu na cabeça e lá se foi pelo caminho.
Ela havia andado só um pouquinho quando encontrou um macaco:
- Boa tarde, disse o macaco. Onde você vai?
- Eu vou à cidade descobrir um remédio para curar a solidão, respondeu a Girafinha.
- Está bem, mas volte depressa, disse o macaco. Eu ficarei esperando por você.
Girafinha Flor continuou a andar.
Numa curva do caminho viu um coelho cinzento que saltitava contente.
- Boa tarde, disse o coelho. Onde você vai?
- Vou à cidade descobrir um remédio para curar a solidão, respondeu a Girafinha.
- Está bem, mas volte depressa, disse o coelho cinzento. Eu ficarei esperando por você.
Girafinha Flor continuou novamente o seu caminho. Atravessou um campo verde e encontrou uma cabrinha pintada.
- Boa tarde, disse a cabrinha. Onde vai você?
- Vou à cidade descobrir um remédio para curar a solidão, disse a Girafinha.
- Está bem! Mas volte depressa, disse a cabrinha. Eu ficarei esperando por você.
E mais uma vez, Girafinha Flor continuou o seu caminho. Mas quando ela alcançou a estrada de asfalto preto e brilhante, parou de repente e exclamou:
- Eu já descobri o que procurava!
- Eu nem preciso ir à cidade mais!
E assim pensando, ela voltou para trás e correu o mais depressa que pôde de volta à floresta.
Do alto de uma árvore, um papagaio avistou-a e gritou:
- Corra, corra, Girafinha, senão a noite chega e você não acha o caminho!
Girafinha Flor começou a correr. Mas o dia acabou. A noite chegou. A lua não apareceu.
- E agora? perguntou a Girafinha aflita. Como é que vou achar minha casa?
- Com seu pescoço comprido, ela espiou por entre os galhos das árvores para pedir ajuda aos passarinhos.
Mas os passarinhos dormiam quietinhos e quentinhos nos seus ninhos...
Desanimada, a Girafinha baixou a cabeça. E o que você pensa que ela viu?
Um bando de vaga-lumes com suas luzinhas brilhantes que enfeitavam a noite, como se fossem diamantes.
- Ajudem-me, por favor! - pediu Girafinha Flor.
Os vagalumes se reuniram e formaram uma fita brilhante que piscando dentro da noite indicava o caminho adiante.
Girafinha Flor foi seguindo o colar de luzinhas, foi seguindo, até encontrar o seu caminho.
Naquela noite, Girafinha Flor dormiu um sono tão gostoso!
Sonhou que brincava de roda com os vaga-lumes, que corria atrás da cabrinha pintada, que conversava com o papagaio.
No dia seguinte, Girafinha Flor acordou bem cedinho. Foi para a cozinha e fez doces e salgadinhos. Fez um bolo gostoso e sucos de frutas também.
- Eu hoje vou dar uma festa, disse a Girafinha.
Uma festa para o meu amigo macaco, o meu amigo coelho cinzento, a minha amiga cabrinha pintada, o meu amigo papagaio, os meus amigos vaga-lumes...
Depois, Girafinha Flor escreveu bonitos convites para a festa e colocou-os na caixa do Pombo-Correio, o carteiro da floresta.
Colocou na porta da casa uma tabuleta que dizia: " Sejam bem-vindos, amigos ". Escrito em letras azuis.
Foi uma festança! Os amigos cantaram, dançaram, brincaram, comeram, beberam e riram felizes. Depois, todos ajudaram a Girafinha Flor a arrumar a casa.
Agora, Girafinha Flor já não é a girafinha mais triste e solitária do mundo. Ela descobriu o remédio para curar a sua solidão. Girafinha Flor encontrou AMIGOS.
E você, já encontrou amigos também??
0 comentários:
Postar um comentário